Te quis

sábado, 30 de maio de 2009

Quero amor, só quero amar. É que meu coração vagabundo anda com vontade de se dar. Dar-se, sabe-se lá para quem, sabe-se lá porquê. Só se sabe que quer viver. Um chamego desses que se começa por hoje e não se acaba por amanhã. Que sente aroma de querer misturado com hortelã. Tem-se vontade de gritar que a vida não deve ser assim, cheia de controvérsias e erros sem fim. Minha língua anda a dizer por aí que achas um absurdo ver tua boca próxima a minha e não a invadir. Teu corpo está a zombar de mim, jogas tanto charme para o meu, o convida a se perder nos fios teus. Cansei de ser só amigo teu, de ver que teus carinhos não são meus. Que queres que faça? Queres casa, comida, roupa lavada? Não venha me pedir muito, bem. Não sei se tenho o que precisas, mas tudo o que almejo, tu já tens. Não te quis de um jeito qualquer, não somente como um homem quer uma mulher. Te quis como à água que mata minha sede, o calor que aquece minha rede. Como o quadril perfeito que se encaixa ao meu, o perfume que embala os sonhos agora teus. Te quis e ainda quero, por isso, te espero. E não me canso de esperar, pois meu coração vagabundo há de se alegrar quando ver-te chegar.

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