12/06/1992 - 12/06/2009

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Comemorar aniversário é algo realmente muito bom. Você se torna o centro de todas as atenções e aqueles que verdadeiramente importam-se contigo, te enchem de mimos e agrados. Um casal que se curte, pode sim, almejar aumentar a família. Foi assim, que há exatos 17 anos, minha mãe presenteou ao meu pai com o melhor de todos os presentes para o tal grande dia dos namorados. Sim, eu nasci no dia dos namorados. Desde pequena estava acostumada a ouvir: “quando for uma mocinha irá receber dois presentes.” A verdade é que eu não entendia muito bem de onde iriam vir tais dois presentes, mas gostava disso. Com o passar do tempo e o chegar da maturidade, percebi e não gostei do que havia percebido, que tal dia não era somente meu, não era dedicado somente a mim; outros tantos, tantos que eu nem mesmo sabia quem poderiam ser, dedicavam o dia – que por direito seria meu –, a outras pessoas. Se antes já era algo bastante comum, no dia 12 de junho, os namorados confundem-se com o restante das pessoas e já não conseguimos diferenciar quem está ou não só. São freqüentes e presentes em todos os lugares e passam a representar quase um patrimônio público. Afinal, a praça não seria tão bela sem um casal a trocar carinhos no banco de verniz. Tão pouco, seria tão aconchegando ouvir canções românticas da década de 70 em um boteco qualquer. As ruas perdem um pouco da iluminação e dão espaço a luz de velas. Corações de todas as formas, cores e tamanhos preenchem cada espaço vago das cidades. Pessoas de várias idades sorriem um sorrisinho bobo e desfilam com embrulhos coloridos nas mãos. Um pouco de tudo perde mais da importância e problemas banais se afogam em momentos de extrema e de única troca de carícias. É como se, mais que um dia para casais trocarem eternas e muitas vezes falsas promessas, mais que um dia para aumentar os lucros de um restaurante ou de uma perfumaria, mais que um dia para arrumar-se e sair de casa. É um dia para promover o amor. Sim, eu nasci no dia do amor. Quem sabe, seja essa a razão para eu ser assim, tão boba e apaixonada por todos(as) que conheço, a cada um que me vier distribuindo agrados ou menos que isso. Eu não estou dividindo meu dia com outras pessoas que nem mesmo conheço, mas sim, estão tantos outros que eu nem mesmo conheço, comemorando um dia especial comigo.

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