Belas noites

domingo, 25 de janeiro de 2009

Quatro dias e três noites fora de casa. Chuva e sol. Choros e risos, aborrecimentos e fidelidade. Incrível como as coisas marcam por tão pouco. Esses quatro dias me pareceram uma eternidade. Lembranças do passado, brigas infantis, brigadeiro duro, pipoca com "sexy and the citty", algumas lágrimas, muitas risadas, uma rede cheia de histórias. Alguns novos amigos, um paquera. Ônibus, chuva, carona. Escândalo, aprovação, terceirão, farias brito, 7 de setembro. Alguns kg a mais, certamente. Amanhã, segunda, eu juro solenemente começar meu regime. Afinal, preciso estar um escândalo de beleza na minha festa de formatura. Uma hora seria preciso voltar ao meu lar, esse momento chegou e com ele um esgotamento físico fora do comum. Pra quem estava acostumada a dormir sempre no dia seguinte, às dez já estava na cama. Apaguei. As dores me fizeram levantar as quatro da manhã. Minhas pernas definitivamente não me pertenciam mais, eu mal podia ficar de pé. Peguei o primeiro pote de creme que vi pela frente e saí massageando as pobrezinhas. A sensação foi realmente boa, decidi passar no corpo todo. Dormi. Ou melhor, tentei e não consegui. As dores ainda estavam lá, e para dificultar ainda mais o meu sono de beleza, lembranças de conversas, em uma dessas noites fora de casa, me voltaram a memória. Dessa vez não era nada muito agradável, lembrei-me da mulher de cabelos pretos e pele clara, com unhas compridas e vermelhas, que a avó de uma amiga viu durante a noite em sua adolescência. Fiquei apavorada. Pra minha felicidade, faltava pouco para amanhecer, os passarinhos já cantavam e aprendi por esses dias que o sol 'nasce as 5:30' da manhã; só precisava ter um pouco de paciência. A luz veio e me roubou o medo, mas as dores permaneciam comigo. Procurei um comprimido e com ele levei para o meu quarto uma pomada chamada "creme de copaíba". Pancadas, dores localizadas, ferimentos e contusões. Era isso o que dizia a embalagem, devia servir. Dei esse pequeno presente ao meu corpo e quando minhas mãos já estavam dormentes de tanto agradar minhas pernas, me dei conta de que a dor havia ido embora. Não tive tempo de ficar feliz ou comemorar, dormi. Acordei com o almoço e os ventos de chuva. Uma boa opção voltar para a cama.

1 comentários:

larissa fontes! disse...

nosso final de férias marcou :P