domingo, 2 de maio de 2010

Não quero ficar na tua vida como uma rosa desbotada, uma flor com cheiro ruim. Não quero uma história mal contada, um outro princípio após mais um fim. Me mantenha a par da sua vida, faça de conta que ainda imagina que o nosso amor é bem feliz. Eu sei bem que já não tenho tua presença todo o tempo, que teu sorriso não é pra mim. Se acabou, não foi ao acaso, nosso caso não tinha prazo, algo marcado com começo e fim. Eu te trago no meu bolso, em um cheiro, em um gosto, num toque no pescoço... Que um dia eu senti. Sei aonde você mora, se está em casa, sei a hora, se está fora, sinto dor. Apareça se quiser, sinta-se à vontade, tome um café. Ou whisky, se preferir. Teu sabor já não me apetece, teu suor já não me aquece e com tua falta eu sei lidar. Isso não quer dizer que já não te ame, pois, bem sabe, como qualquer homem, que uma mulher gosta até o fim. Não o fim de um romance, cheio de nuances, mas o fim de um existir. Ainda estou aqui, tenho até outro rapaz pra me divertir. Tua existência é precária, mas volta e meia se faz rara nos meus dias incomuns. Vou deixando de te amar, vou parando de cantar aquela música de nós dois. Vou lembrando aos pouquinhos, e saindo de fininho dessa história que escrevi.

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