É hora de crescer, é hora de filho ser pai.

sábado, 1 de maio de 2010

Estava disposta a conversar com você, a compartilhar minhas idéias, meus pensamentos e, principalmente, transmitir toda a minha solidariedade a alguém que tanto amei. Mas não pude, não posso. As coisas correram, o inverno acabou sem que nos déssemos conta. Lembra de quando nos conhecemos? De como o mundo parecia pequeno para todas as nossas intenções. De como você tornou-se o único capaz de encaixar-se perfeitamente bem em mim. No meu corpo, na minha alma. E se o tempo, agora, continuar a passar? E eu ficar para depois? Como um sonho bom que logo chegou ao fim. Éramos mais que jovens, eu era criança, e, você, criança também. Só sabíamos chorar. Aprendíamos, aos poucos, a amar. Ainda trago seu sorriso na lembrança. Mas, agora, estamos em outra estação. Uma nova primavera. Eu não pertenço mais a sua intimidade, e esse momento é muito intimista, ou não? Venha aqui, venha deitar a cabeça no meu colo e deixe correr solto, livre, teu pranto, teu medo, tua dor e tua alegria. Prometo ouvir com atenção, te oferecer a mão e continuar a amar você. Pelo tempo que for, por toda uma vida. Por toda a minha vida, e mais um dia. Depois, te deixo ir. Te dou um beijo na testa, apenas. E não vou sofrer. Vou continuar a acompanhar tua felicidade, mas de longe, como uma velha amiga que não pode usufruir da tua vida. Vou aceitar que agora, de fato, ela é infinitamente mais importante que eu. Em todas as minhas memórias, você se faz presente. Oro por sua prosperidade e pelo anjinho que abordou sua história. Que ele te traga luz.

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