Bons tempos

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009


Durante uma de minhas adoradas aulas de literatura, "meu" charmoso e galanteador professor citou a sutil diferença entre saudade e nostalgia. Ah, como eu adoraria chamá-lo de meu. Não me envergonho por assumir que só agora reconheço a real beleza de Machado de Assis. Nostalgia se assemelha aos meus sentimentos por meu professor - desejo, vontade de possuir - a sutil diferença é o fato disso nunca ter me acontecido antes. Não estou cobiçando uma situação vivida e saudosa, minha cobiça é por algo que estou em ânsia de viver.
Nostalgia é o que sinto quando me recordo dos bilhetes de amor nunca enviados, dos amassos que o pudor não permitiu que se finalizassem, dos beijos que chegavam ao fim por cansaço. Minha vontade em certos momentos é subornar um passarinho, com argumentos infundados, vindos do coração. Para que ele chegue até onde meus lábios não alcançam e cante para ti meus versos de solidão. Portanto, não se assuste se a um acaso um pássaro entrar pela sua janela e, através de prosas e velas, tentar te convencer que o melhor é voltar para mim. Fui eu quem mandou o malandrinho, pedi que lhe roubasse um beijo e voltasse até aqui. Como quem canta os versos que eu mesma fiz: "Ai que amor grande, sofrido, demente! Ai que saudade sem fim." (...) Das angústias fiz estes versos que viraram uma canção, relembrando o que hoje é minha nostalgia: meus tempos de boemia, embriaguez e paixão.

1 comentários:

Bella :) disse...

essa gabi...
preciso nem comentar né?
iaioaioia,lindo demais.