quarta-feira, 14 de julho de 2010

Quando a primavera deixou de ser só flor e a noite deixou de ser melancólica, meu amor voltou. Com um quê de saudade, um gosto de vontade e um espírito evoluído de encher a boca d´água. Chamou-me sem mover os lábios. O balanço de seus braços me convidava a dançar, e a rodar, rodar, rodar para dentro de. Quis parar o tempo e todos os clichês do momento, só pra ser, pra ter e contemplar sua fisionomia máscula e arredia, suas mãos macias. Comprei morangos, morangos da estação. E eu espero que você saiba que eu ainda estou aqui, que eu já estou aqui, que eu sempre estive aqui e sempre estarei. E eu espero que você saiba que o teu cheiro está cada vez mais perto, mais poético; remetendo o verão passado, aquele em que nossa única preocupação era manter a pouca roupa, queimando levemente sob o sol matinal. Gravei nossa última conversa, não estou mais tão envergonhada, tenho me acostumado com o teu toque, tua tosse rouca quando toma café e com aquela camiseta azul turquesa. Azul da cor do mar.

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