sábado, 31 de julho de 2010

Começou quando eu o vi pela primeira vez, há muito tempo atrás. Sua pele era alva, quase pálida e cristalina; e eu só pensava o quão macia deveria ser. Refletia, rosada, à luz do sol. Tratava-se da criatura mais bela que eu já vira. Sem desistência, mesmo sendo consciente de que tal criatura ignorava minha presença; permaneci a admirá-la, contemplá-la, exaltá-la, dia após dia, em todas as minhas manhãs. Não teria mais volta, eu iria vivê-lo, mesmo que nos raros olhares que a mim direcionava. Mesmo que apenas na voz ouvida ao longe, no perfume deixado para trás ou nos sonhos intermináveis e tão reais. Começou, na verdade, quando ele me viu pela primeira vez. Numa quinta feira qualquer, de um julho qualquer, nossos corpos arderam como os raios de sol (...)

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