sexta-feira, 9 de outubro de 2009


Estávamos chegando ao fim de junho. As temperaturas eram amenas, com ventos tranqüilos e chuviscos preguiçosos a espera do crepúsculo. Pequenos arranhões dourados irritavam minha pele. Senti calor. Afastei com as mãos, forçando as pálpebras a permanecerem fechadas, aquilo que me roubava o sono.


Quantas coisas cabem num fim de tarde?

Havia uma atmosfera aveludada circundando o ambiente, e eu parecia estar dormente. Feixes de luz solar cortavam as ainda amarelas cortinas do meu quarto de hotel. Os olhos, por fim, abriram. Já passava das quatro da tarde. Castiguei-me com um banho frio, comi algumas bananas com leite e canela. Cumprimentei a tarde de primavera. O bloco de notas e a caneta de tinta preta já estavam a minha espera.

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