Fórmula do amor

domingo, 4 de outubro de 2009

Eu não saberia dizer a fórmula para o preparo correto de um coração, eu não saberia mesmo supor de que eram feitos os corações. Mas, de uma coisa eu estava certa: os nossos eram iguais. Todas as coisas, banais ou fundamentais, tornavam-se muito melhores quando ele estava por perto. Aquele súbito e infame amor do princípio, aquele velho amor ainda e sempre.

Nessa manhã, mostrou-me um sorriso e eu fiquei feliz. Não por eu ter sorrido após, e sim por fazê-lo sorrir como se somente isto o bastasse. A verdade é que o basta. Miro não precisa de muito para ser feliz, ele já nasceu assim. Ele é o pequeno anão contente da Branca de Neve, enquanto os outros são zangados, cheios de propósitos. É só uma mania desnecessária de grandeza, que nos últimos dias eu desaprendi a ter.

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