Estou feliz,

sábado, 17 de abril de 2010

Estou feliz, realmente feliz, com o rumo que tomou nossa conversa. Seria sexta-feira, não sei ao certo, mas era noite clara e a música que embalava o ambiente me corava a pele, como se eu deitasse sobre a grama em um dia ensolarado e pegasse um pouco de cor. Estava rosada. Agora, subitamente me falha a memória... Poderia ser Pedro ou Manuel, não sei. Senti, simplesmente, sua mão suave circundar minha cintura; seu lábio morno aquecer minha nuca e seu pé descalço aconchegar-se ao meu. Estive pensando por muito tempo. Tantos pensamentos se perderam diante da baderna que me vinha como vida. Alguns se misturavam com o arroz e o feijão durante o almoço. Meu maior pecado, durante toda a vida, foi destinar estes pensamentos a você. Foi dá-los de presente, mesmo sabendo que seriam esquecidos em uma gaveta qualquer. Estive, ontem, a conversar com Pedro - ou Manuel - sobre sua namoradinha. Pois sim, ele a tem, e ama. Enquanto me falava sobre a pobre infeliz, procurava acalentar meu calcanhar por debaixo da mesa. Meu ex amor, te condeno a viver no passado, quero esquecer que um dia nos fiz prometer que este caso estaria fadado a ser eterno. Já nem lembro se teu nome começa com M ou com P...

0 comentários: