sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Os bons ventos trouxeram de volta lembranças há muito já esquecidas. Aquelas tardes quentes em que nos banhávamos de suor, alheios ao ventilador. Conversas minuciosas, restritas a uma confiança que só cabia a nós dois. E por mais que eu diga que nem penso a respeito, que já nem quero mais... ria na minha cara, diga que me conhece bem. Você continua o mesmo, adorável como nunca deixara de ser. Talvez, se seu rosto não sustentasse mais aquela fisionomia displicente, arredia... confortavelmente confortável ao cruzar e manter os olhos fixos aos meus. Talvez, quem sabe... seria tão diferente, mesmo parecendo tão igual. Levaram-me de volta há um dia qualquer. Estávamos em 2007 e o meu cabelo era longo, longo como os dias que vieram após. Então, diga que me adora e que pensa em mim como diz pensar. Diga que nenhuma outra o faz sentir igual... e eu o queria de volta, completamente e absurdamente meu, apesar de saber que já não é e que já não deve ser assim... apesar de saber que é preciso amor para recomeçar. Entre tudo o que restou de nós, por onde anda o amor?

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